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A morte. A perda. O luto.


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Uma palavra que evitamos falar ou sequer pensar nela, a morte. Uma palavra que nos transporta para o sentimento de sofrimento, angústia, medo e até revolta. Uma palavra que provoca dor, um aperto no peito. A palavra que reflecte a perda.


A perda de alguém que nos é querido, um amigo, um familiar ou até um conhecido. A perda de uma relação, que agora terá de ganhar outra forma. A perda de um(a) companheiro(a) nos momentos especiais da vida, de alguém que era o primeiro(a) a alinhar nas nossas aventuras. A perda de uma vida, de uma presença.


O luto, a reação emocional à perda de alguém. É a resposta normal e adaptativa para que possamos lidar com a perda. O luto é uma experiência diferente para cada um de nós, mas tão necessária para que possamos cicatrizar a ferida. O luto não é esquecer aquela vida, é o criar de uma nova relação.


Hoje a morte, a perda e o luto são vividos de forma diferente. Hoje a palavra que tanto procuramos evitar é das primeiras a aparecer quando ligamos o noticiário. Somos confrontados, diariamente, com a palavra e com a ideia de que a vida parece tão frágil.

Hoje lidamos com a morte inesperada, consequência de uma situação de crise. A morte que provoca reações ainda mais intensas e dolorosas do que em situações de morte natural. A perda é mais inesperada, é como se nos tivessem roubado o tempo com aquela pessoa, sem qualquer aviso. Hoje o ritual de despedida (funeral), tão importante para o luto, também nos foi “tirado”. Não estão as pessoas conhecidas para prestar homenagem, os amigos e familiares não estão presentes para dividir a tristeza.


Hoje temos que nos adaptar a novas realidades e o luto é uma delas. Mas então como podemos gerir este processo tão importante para cicatrizar a perda de alguém?

  • Não adie! É importante aceitar a realidade da perda.

  • Não se isole! Nos dias de hoje o isolamento social pode agravar este isolamento e evitamento de estar e falar com outras pessoas. É importante que partilhe o que está a sentir com amigos e familiares, não tem que passar por este processo sozinho(a).

  • Respeite o seu próprio tempo! O luto é um processo longo que implica a construção de uma nova realidade, de uma nova relação.

  • Partilhe as suas emoções! Não tenha medo ou vergonha de expressar as suas emoções, não existem emoções certas ou erradas. É normal que nesta altura sinta raiva, tristeza, medo, culpa, revolta, impotência, o que seja. Permita-se a sentir e expressá-las.

  • Faça coisas que habitualmente lhe trazem alegria! É importante que mantenha a sua rotina e atividades que lhe dão prazer.

  • Cuide de si! É importante que não se esqueça de dedicar uns momentos do seu dia a atividades que lhe devolvam a energia e a tranquilidade.

  • Não de auto-medique! Percebo que é um momento em que quer aliviar a sua dor e esquecer o que está a acontecer, mas a longo prazo isso não será benéfico para si. Tome medicação apenas em caso de aconselhamento médico.

Se o seu sofrimento for tão intenso, que o(a) impede de realizar as suas atividades diárias, procure a ajuda de um psicólogo.


O objetivo do luto não é fazer desaparecer a ferida mas sim tratá-la.

A cicatriz ficará para sempre.

 
 
 

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Inês Oliveira Ferreira
Psicologia Clínica e Consultoria
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